The Best of Klowner

sexta-feira, julho 14, 2006

Que é feito de George Klowner?

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REPORTAGEM ESPECIAL
Quarta-Feira, 22 de Março, 2006. O país e o Mundo acordam chocados. Começam a correr pela imprensa internacional rumores de que o polémico mas mundialmente adorado “The Best of Klowner Blog” poderá encerrar por período indeterminado nesse mesmo dia. Batalhões de jornalistas concentram-se junto da residência oficial de George Klowner, autor do projecto, em Cascais, na esperança de conseguir arrancar alguma informação. Contudo, é com surpresa, frustração e quase desespero que ouvem o seu fiel mordomo inglês comunicar em três línguas diferentes uma mesma mensagem: o mediático criativo não visita a sua mansão desde segunda-feira. As horas passam e o seu paradeiro é ainda desconhecido, como incerto é também o futuro próximo da sua criação bloguística. Avolumam-se os receios de que algo de muito grave esteja para acontecer. A tensão instala-se e o mundo sustém a respiração.
E eis que, subitamente, surge a notícia que ninguém queria ouvir. Às 10 e meia da manhã, milhares de cibernautas assistem em directo à confirmação de que os boatos eram, realmente, verdadeiros. Num curto comunicado de 22 linhas, aparentemente escrito num irónico tom jocoso, George Klowner anuncia uma pausa sabática, alegando que está cansado de mais já que “isto de ter um Blog, ao fim e ao cabo, cansa”, aproveitando esta pausa para “descanso do pessoal”. Promete, contudo, voltar “fresco e revigorado” o mais brevemente possível.
Imediatamente se assiste a uma vaga com dimensões sem precedentes de declarações de pesar por parte de inúmeros líderes mundiais e de outros membros influentes da comunidade internacional.
Koffi Annan é o primeiro a afirmar tratar-se de “um dia trágico para toda a Humanidade”. Também Durão Barroso, que imediatamente reuniu o Conselho de Emergência da Comissão Europeia, em Bruxelas, declara que “este período de espera será, para mim e para todos os europeus, uma sufocante tortura psicológica”. Sentimentos que vão de encontro também à angústia de Tony Blair, que deixa escapar, comovido e por entre lágrimas, que “o povo inglês e o Mundo acordará todos os dias com a sensação tormentosa de que falta qualquer coisa”. Já George W. Bush prometeu “castigar severamente o Irão por mais este atentado terrorista à democracia e ao bem-estar global”, enquanto José Castelo Branco classificou George Klowner como “uma grande bicha, que ainda por cima se veste horrendamente”, tendo de seguida mergulhado num choro copioso e desalmado.
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Poucas horas depois, começavam já, através da Internet e da Blogosfera Internacional, a mobilizar-se movimentos de apoio e solidariedade. Por entre vigílias, procissões, marchas de protesto, buzinões e de uma torrente de comentários ao seu último Post, que conseguiu, inclusivamente, entupir os sistemas da Blogspot, sucederam-se as manifestações de descontentamento e de tristeza, ficando indubitavelmente assinalada na história da Humanidade aquela que viria a ser conhecida como “A Marcha Chorosa de Estocolmo”. Foi sem dúvida a mais mediática de todas elas, já que sendo a Suécia um país no qual o autor tem ascendência, se esperaria que trouxesse muita gente para as ruas. Contudo, ninguém poderia prever que nesse dia 28 de Março uma marcha lenta movesse cerca de 2 milhões de admiradores provenientes de toda a Europa, provocando o caos nas ruas da capital Sueca. O mundo chorava em uníssono a ausência do seu mentor bloguístico.
Contudo, começaram a despontar rumores que sugeriam que algo de perverso estaria por detrás desta súbita ausência.
Os mais fiéis discípulos do proeminente blogger lançaram, imediatamente após o anúncio, a suspeita de que o comunicado parecia distante do habitual estilo de escrita de Klowner. Analistas especializados vieram alimentar esta teoria, afirmando que “algo de muito estranho se passou”, já que “parece haver sinais evidentes de que George Klowner não é o único responsável pelo teor do comunicado; as palavras e o estilo utilizados denotam, claramente, que o seu autor está sob pressão de terceiros”, como afirmou a 2 de Abril José Pacheco Pereira em Conferência de Imprensa.
Para agravar ainda mais este clima generalizado de desconfiança, a partir de dia 22 não mais deu George sinais de vida. A Interpol iniciou dia 15 de Abril uma verdadeira caça ao homem, numa operação de busca que se estendeu a todos os países europeus, a todo o continente americano, sudeste asiático e Austrália. Surpreendentemente, apesar de esta ter sido a mais dispendiosa operação de sempre da organização, foram muito poucos os resultados positivos, o que levou à sua suspensão em meados de Junho. Num comunicado oficial patrocinado pela ONU, a Interpol anunciou as últimas informações disponíveis apontam para que Klowner possa estar, presumivelmente, “nas mãos de uma cruel organização terrorista que o mantém refém por razões desconhecidas”, havendo mesmo a hipótese de ter sido “morto por um fenómeno atmosférico raro que devastou a costa de Madagáscar” onde, alegadamente, “terá sido visto pela última vez por um pequeno grupo de pescadores de peixe-gato”.
Estas notícias, apesar do grau de incerteza com que foram dadas, vieram agravar ainda mais o clima de consternação mundial. Diversos países como a República Checa, Canadá, Suécia, Finlândia, Reino Unido e Irlanda decretaram 7 dias de luto nacional. A economia das Ilhas Caymans (especialmente a da sua capital, Georgetown), altamente dependente da produção do merchandising oficial do Blog de Klowner, mergulhou numa espiral inflacionista incontrolável, caindo num ciclo de bancarrota e assistindo, impotente, ao crash da bolsa nacional. Também se repetiram um pouco por toda a Ásia os fenómenos de suicídio colectivo perpetrados por núcleos de jovens fãs.
Até hoje, tudo de mantém na mesma. Nada se sabe sobre o paradeiro de George Klowner, se está vivo ou morto, e o Mundo olha com desespero para o futuro do Blog e da própria Humanidade.
Nunca se imaginou que o desaparecimento de um único homem pudesse, nos dias de hoje, abalar tão significativamente as bases do mundo ocidental. Mas a verdade é que desde 22 de Março o mundo nunca mais dormiu descansado. Sobrevive unicamente a esperança quase sebastiânica do regresso vitorioso de Klowner, acompanhado pelo temor aterrorizante de que o mundo não se consiga recompor desta cada vez mais inevitável perda.
A grande questão mundial é, hoje, uma só:
O que é feito de George Klowner?

Ana Teresa Gomes, enviada especial da Visão em Londres, com Agência Lusa
14 de Julho de 2006

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quarta-feira, março 22, 2006

O Descanso do Guerreiro


Este Blog está temporariamente encerrado, para descanso do pessoal.
É a verdade, não vale a pena batalhar. A resignação é o teu único remédio.
Porque isto de ter um Blog, ao fim e ao cabo, cansa. E caramba, de que serve a pena ser-se o patrão de si mesmo senão para dizer de mim para comim (outra expressão que estava morto por usar): "Eh pá, tira umas férias!".
Quem se lixa é o mexilhão, ou seja, tu, mas podia ser pior. O Presidente da República podia ser o Mário Soares. Face a essa possibilidade escabrosa, esta notícia torna-se absolutamente insignificante
Mas dizia o Schwarzenegger (e alguma razão deve ter ele, que até é Senador da Califórnia): I'll be back.
Por isso não desesperes. Aguarda ansiosamente, que brevemente terás novidades. Fica a promessa de voltar fresco e revigorao, para teu deleite e dos milhares de leitores por esse Mundo fora. E George Klowner cumpre sempre o que promete.
Então, até já.Até ao meu regresso.
Do cansado de mais para suspirar sequer um "Obrigadinho bem Português"
George Klowner

sexta-feira, março 03, 2006

Um post incrivelmente curto, mas com um título estupidamente grande.

Vou ser o mais directo possível:
Chegou-me, por mão amiga, a informação de que o Jantar de celebração do 102º aniversário do Sport Lisboa e Benfica terá lugar num restaurante chamado "Catedral da Cerveja". Repito, para quem não leu à primeira: CATEDRAL DA CERVEJA. Benfica, aniversário, cerveja.
Será preciso dizer mais alguma coisa?
Acho que não.
Um "Tenham juízo!" bem Português.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Joga Bonito

"Primeiro transplante parcial da face - Francesa atacada por cadela recupera da intervenção

A francesa, de 38 anos, a quem foi feito o primeiro transplante parcial da face, garante que está a recuperar bem da cirurgia a que foi submetida, depois de ter sido atacada pela sua cadela.
Nas inúmeras cirurgias a que foi sujeita, recebeu o nariz, os lábios e o queixo de uma dadora em morte cerebral.
Dois meses após a intervenção, Isabelle Dinoire apareceu em público. Visivelmente emocionada, não escondeu o sorriso e dirigiu-se aos jornalistas, mesmo com as dificuldades de expressão próprias de quem ainda não recuperou toda a mobilidade dos músculos do rosto.
“Todos os dias, quando saía de casa, tinha de enfrentar o olhar de rejeição das pessoas. Sei agora como se sentem as pessoas com deficiência e sei também que a minha operação ajudará outras pessoas que também precisam deste tipo de operação”, disse Isabelle.
Há dois anos, Isabelle tomou uma dose excessiva de comprimidos para dormir e, enquanto estava inconsciente, foi atacada pela sua cadela. Ficou completamente desfigurada, a ponto de os ferimentos a impedirem de comer e falar.

in Sic Online, 20 de Fevereiro de 2006

Este acontecimento é ilustração de uma verdadeira revolução científica, podendo constituir um significativo avanço médico mas acarretando também diversas e polémicas questões do foro ético e moral.
Mas sobretudo, é uma lufada de esperança para o médio do Benfica Petit, que está já a envidar esforços na tentativa de arranjar algum canídeo, felino ou qualquer outro animal, de preferência mais selvagem ainda que a claque dos Super-Dragões, que não se importe de o morder violentamente a totalidade da face, missão, para já, em fase de conclusão, não obstante a prontidão das ofertas feitas por milhares de donos de animais, grande parte deles adeptos do futebol bonito e leal.


E apesar de os médicos do Hospital Francês terem garantido ao jogador que, face (literalmente) ao carácter de urgência do seu estado estético, a operação se poder realizar sem a necessidade de um ataque canino, podendo até passar por cima de toda a burocracia, Petit recusou prontamente fazer a intervenção cirúrgica de imediato, afirmando que as únicas coisas que ele atropela são as canelas dos jogadores que anteriormente tenha derrubado com uma entrada a pés juntos.
Sempre um exemplo de seriedade, este Petit.


E Jaime Pacheco já prometeu rebaptizar o seu ex-pupilo, caso a operação tenha sucesso; o Bulldog passará a ser apelidado de Rotweiller. Caniche seria ir longe de mais.
É que a operação é um sucesso, mas também não faz milagres. E, para mal do Futebol e dos olhos dos portugueses, talvez ainda não seja desta que Petit irá cumprir o novo slogan da Nike: Joga Bonito.
Um “Aiii, (suspiro), é a vida” bem Português.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

Terríveis Memórias

Andava tudo muito calmo. O País e o Mundo, como diz o Rodrigo Guedes de Carvalho, continuavam a viver os seus problemazinhos de sempre. Tudo tranquilo e sereno.
Eis senão quando li a notícia mais aterradora dos últimos tempos. Algo que mudou completamente a minha atitude face à vida e que provocaram danos irreversíveis no meu carácter.
Vejam se não tenho razão...

"Estudo revela que elefantes não perdoam e são vingativos

Os elefantes, além da sua lendária boa memória, não perdoam e são vingativos, indica um estudo hoje publicado pela revista britânica New Scientist.
Segundo os investigadores, é por isso que estes animais atacam aglomerados urbanos em retaliação por danos sofridos no passado por culpa do homem. O estudo indica que os elefantes também sofrem de stress pós-traumático, que nos seres humanos provoca depressão, pesadelos e ansiedade devido a experiências traumáticas sofridas anteriormente.
Assim se explica que manadas destes mamíferos assaltem povoações, arrasem cabanas e destruam culturas, não para obter alimentos como no passado, mas para assustar as pessoas.
Segundo Joyce Poole, directora do projecto de investigação do Elefante de Amboseli, no Quénia, «estes animais têm inteligência e memória suficientes para serem capazes de vingar-se».
«Os directores dos parques naturais julgam ser mais fácil acabar com os elefantes problemáticos do que expor-se à ira dos visitantes atacados», afirmou.
Adverte, no entanto, que se abatem elefantes sem se ter em conta as consequências para o resto da manada e sem considerar a possibilidade real disso desencadear uma reacção violência.
Os cientistas suspeitam que se transmita de geração em geração um sentimento de rancor e desconfiança em relação à raça humana que remonta às décadas de 70 e 80, quando a caça furtiva estava no auge.
Este trauma criou uma geração de elefantes «adolescentes delinquentes» que agora quer ressarcir-se de sofrimentos passados, assinala o estudo."

Diário Digital / Lusa, 16 de Fevereiro de 2006




Preocupação, angústia, terror. Diria Albarran, "O drama, a tragédia, o horror!".
O que dizer depois de uma notícia destas? Só sei que nunca mais consegui dormir. Que nunca mais verei "Dumbo" com a mesma sensação de felicidade e segurança. Que vou passar a andar com muito mais cuidado e com uma atenção quase esquizofrénica nos Jardins Zoológicos. Nunca mais vou lavar o carro ao Elefante Azul, não vá o diabo tecê-las. Jamais voltarei a trincar chocolate "Cote d'Or", aquele que tem um elefante desenhado. E claro, não porei os pés no novo Aeroporto da Ota, já que este não é nada mais do que um enorme Elefante Branco.
O que é que a humanidade pode fazer para garantir a sua sobrevivência? Sinceramente não sei. Acho que não vale de nada dizerem-lhes para esquecer o assunto, porque eles têm aquela memória de Elefante. A solução deve mesmo passar por os acarinhar com toneladas e toneladas de amendoins. Ou então, passar a dar notas de 10 Euros ao, por enquanto, simpático elefante que toca o sino no Jardim Zoológico de Lisboa.
É que eu já não me sinto seguro na rua. Sempre aquela sensação de que a qualquer momento uma manada de Elefantes furiosos poderão perseguir-me em debandada, armados com facas e paus para me arreliarem. Enquanto falamos eles estão provavelmente a delinear os seus planos maquiavélicos para dominar o mundo!
Já viram se eles se lembram (o que não é díficil, por causa daquilo da memória) de se juntarem aos milhões de L Casei Imunitas aprisionados barbaramente pelo Homem em garrafinhas minúsculas de Actimel? Com um exército tão vasto e sanguináreo, a Humanidade estaria, irremediavelmente, perdida.
E ainda não recomposto do choque, outra bomba caiu sobre o edíficio decadente, quase barraca, que é a minha existência.

"Pavarotti em Lisboa
A digressão de despedida dos palcos de Luciano Pavarotti inclui uma passagem por Lisboa. O espectáculo vai ter lugar no dia 21 de Abril no Pavilhão Atlântico e os bilhetes estarão à venda a partir do próximo dia 17.
O tenor volta a Lisboa num espectáculo será produzido pela Sociedade Portuguesa de Espectáculos. A acompanhá-lo estará a soprano Carmela Remigio e uma orquestra de 64 elementos, dirigida pelo maestro Leone Magiera.
Pavarotti, natural de Modena, no norte de Itália, estreou-se em 1961 no papel de Rudolfo de "La Bohme" de Puccini na Ópera Reggio Emília. Este ano, o tenor completa 45 anos de carreira lírica, ao longo dos quais vendeu cerca de cem milhões de discos.
Há cerca de dois anos, Pavarotti iniciou uma digressão de despedida. Segundo afirmou à imprensa, o seu desejo é "dedicar-se exclusivamente ao ensino da música" na escola por ele fundada na sua cidade natal. "
Agência Lusa, 16 de Fevereiro de 2006



Haverá alguma relação entre estas duas notícias? Não sei, avaliem vocês a massa corporal do tenor Italiano. Mas eu cá não arriscava. Por favor, a sério, por favor, peço às autoridades fronteiriças que não o deixem entrar no nosso pacato Portugal. Pronto, ou se tiver mesmo de ser, por causa daquilo do espaço Shengan, faço um apelo a todos aqueles que se cruzarem com Pavarotti para que façam o favor de não irritarem o homem, por tudo o que vos é mais sagrado. Façam um sorriso de 40 centímetros e digam: "Senhor Pavarotti! Ai gosto tanto de si! Canta tão mas tão bem! Tenhos os seus cd's todos! Ah, e só agora vejo, você está mais magro!" Pode ser que ele se mantenha calminho.
É que essa história de abandonar os palcos para se dedicar ao ensino está muito mal contada. Ninguém me tira da cabeça que será Pavarotti a liderar a revolta dos Rebeldes Paquidermes!
Mas descansem, que eu tenho-o debaixo de olho...
Eu a pensar que a próxima guerra mundial seria entre Árabes e Ocidentais, ou entre produtores de Bandeiras Dinamarquesas e os que pedem desculpa pelas ofensas aos Muçulmanos. Completamente enganado!
Já estou mesmo a ver que isto vai dar molho. Logo uma coisa que o Pavarotti tanto gosta...
Rais parta os elefantes!
Depois não venham dizer que eu não vos avisei...
Um "Ponham-se a pau" bem Português.

sábado, fevereiro 11, 2006

Basta!

Tem sido uma missão sobre-humana e de um sacrifício atroz. Uma luta desigual, de David contra Golias. Uma batalha condenada desde o princípio à derrota, carregada de sofrimento lancinante e de oblações pungentes, que me levam a uma insanidade tamanha que só a consigo expressar por palavras caras. É como colocar a Equipa B do Associação Recreativa de Ranholas a jogar durante 3 horas contra uma Selecção dos melhores Jogadores de todos os tempos. Já não durmo, já não como, sobrevivo quase por milagre.
Falo-vos, claro, da guerrilha bárbara que me tem oposto à Instituição Blogspot.
Tenho sido alvo de uma censura inaceitável em democracia, que faz lembrar o lápis azul da PIDE ou os métodos do Inquisidor Torquemada. Por mais que uma vez, quis realizar um conjunto de operações que enriqueceriam ainda mais (se é isto possível) o Blog de todos os Portugueses, mas não. Algo para além dos poderes humanos vetou as minhas intenções.
São milhares de comentários altamente elogiosos que não pude colocar online. Um deles do próprio Bill Gates, que recomendado pelos líderes do (Estado de) Choque Tecnológico, visitou este nosso espaço e teceu as mais brilhantes considerações acerca do elevado teor cultural dos Posts, prometendo uma recompensa choruda para o mentor de “The Best of Klowner”. Um testemunho histórico riquíssimo, irremediavelmente perdido para sempre, por obra e graça de “Problemas técnicos”.
Diriam os ingleses: “Problemas técnicos my ass!”. Toda a gente tem conhecimento da falta de carácter da corja que gere, neste momento, a Blogspot. São gente ruim, funesta, daninha, mais nociva para a saúde que o tabaco ou as canções da Mónica Sintra, sem escrúpulos, com as entranhas inundadas de inveja, de ódio por aquilo que é bom e que supera em muito as suas capacidades intelectuais. São torcidos. E por isso têm feito de tudo para me deitarem a baixo, para destruir o império cultural que com tanto afinco e subornos tenho construído desde Novembro. Eles têm a faca e o queijo na mão. Querem fazer ver que, sem eles, não sou nada. Espezinham-me com as suas mensagens sarcásticas de “Não nos é possível satisfazer o seu pedido neste momento por problemas técnicos” culminando com um sádico “Pedimos desculpa pelo incómodo”. Por vezes chego a ouvir os risos maquiavélicos de “Muah ah ah ah ah”, provenientes dos laboratórios perniciosos da Blogspot.
Mas porquê tanto ódio? Ninguém sabe. Mas toda a gente já desconfia...
Esta atitude belicista e sabotadora da Blogspot está claramente ligada à morte do António. Isto é claríssimo. Sempre, sempre o António, pobre diabo.
O que se percebe é que há gente que não está interessada no desenrolar das investigações que este Blog tem vindo a organizar. Um dos suspeitos estará a financiar estas manobras obscuras na tentativa de abafar o veredicto final que está para breve, como todo o Portugal sabe. Este Blog mete medo a muita gente. Está a tornar-se inconveniente. Estão a tentar riscá-lo do mapa.
Mas nós não deixaremos. Mesmo depois das tentativas ignóbeis de atrapalhar o lançamento do Post “A Queda de um Santo”, este Blog não se calará. Não se submeterá à vontade dessa Máfia Blogspotista. E isso não depende só de mim. Depende de cada um dos leitores que, imbuídos pelo fervor democrático, não deixarão, por certo, sufocar as suas opiniões sempre pertinentes e irão, a partir de hoje, comentar e votar os tópicos deste espaço com muito mais intensidade, veemência e espírito de missão!
Nós vamos vencer esta ditadura! Vamos consumar o 25 de Abril do Bloguismo Português. As pessoas irão cantar liberdade enquanto distribuem cravos, rosas, tulipas ou o que for. Ecoarão pelas ruas desse país gritos de “Abaixo a Ditadura, queimem a Blogspot”, acompanhados à viola por Grândola Vila Morena.
Conto convosco para esta missão imperiosa. Nós vamos libertar Portugal das garras da Blogspot!
O Klowner unido jamais será vencido.
Um Obrigadinho bem português.
George Klowner United, há 16 anos a pegar os touros pelos cornos, e há 15 dias a pegar o Blogspot pelos chifres.

quinta-feira, fevereiro 09, 2006

A queda de um Santo - Acto 1

Aveiro, 16 de Janeiro, 2006.
10 e 15 da manhã.
O dia tinha amanhecido frio. E ainda mais frio parecia, já que sentia o céu a querer cair sobre a minha cabeça… O vermelho dos tijolos que me vigiavam incomodava-me. As minhas pernas tremiam só por estar tão perto daquele local. Aquele lugar aterrorizador só agudizava mais o meu já débil estado. É que já não me lembrava da última noite de sono tranquilo… Por mais que lutasse, voltavam como corvos as imagens terríveis dos pesadelos que me andavam a roubar as noites há mais de uma semana. Sentia as gotículas daquele suor frio e tremelicante escorrem pelo meu rosto, pelo meu peito e pelos meus braços, agravando o meu desconforto.
Mas não podia deixar o pânico apoderar-se outra vez de mim. Fechei os olhos, esvaziei a minha mente e respirei fundo, com a tranquilidade que consegui encontrar. Receoso e angustiado, abri a porta de entrada do Centro de Saúde.
Era já a terceira consulta no espaço de uma semana. E hoje, finalmente, iria ter conhecimento do diagnóstico. Quanto tempo mais teria eu de vida? Podiam ser anos, meses, dias ou horas! Chegaria eu a levantar vôo do Aeroporto da Ota? Chegaria eu a ver o Scolari ser preso e torturado por más opções tácticas? Voltaria eu a festejar um golo do Mantorras? Voltaria a saborear migas de espargos? Pior ainda, voltaria o mundo a deleitar-se com mais algum Post meu? Eram perguntas às quais eu não tinha e talvez nem quisesse ter resposta. Só o estar ali, tão perto da verdade, terrível ou não, deixava-me aterrorizado.
Tentei manter a calma. Tinha de resistir, desse por onde desse. Dei o primeiro passo de uma longa caminhada até ao consultório de psiquiatria.
(Leitor atento: você sabe e eu sei também que o Centro de Saúde de Aveiro não tem, neste momento, especialistas em Psiquiatria nos seus quadros, apesar de ser bastante frequentado por aquilo a que o nosso carinhoso povo chama “malucos”. Mas caramba, seja gentil, colabore comigo! Deixe-se imbuir pelo espírito caridoso que deu 16% dos votos ao vovô Soares! Ou pronto, pelo menos, os 0,4% do Garcia Pereira. Pode ser? Estamos combinados então, este segredo fica só entre nós dois, ok? Ah, estimado leitor, nem sabe o favor que me faz! Muito e muito obrigado! Um grande bem haja! Uma comenda para si! A sério!)
Pé ante pé, segui uma linha amarela no chão que indicava “Psiquiatria e tratamento de Militantes do Bloco de Esquerda, de seguidores de José Veiga e restantes diminuídos intelectuais".

Não percebi a relação, mas não me preocupei muito com isso. Continuei com cautela e subitamente, emergiu como que das trevas o princípio de todos os males daquele lugar hediondo: O Guichet!
(Magnífico e fisíca e intelectualmente dotado leitor: Já que o apanho num dia bom, vamos agora fingir que quando reler as palavras “O Guichet” uma orquestra de tovões tenebrosos ecoarão na sua sala de estar! Ok? Então vá lá ver…)

Sim, foi isso mesmo que ouviu: O Guichet! (Cabooouum!)


Do outro lado do balcão bramiu, vinda do inferno, uma voz diabolicamente estridente e irritante:
- O próoooximo!
Estremeci. Intimidado e humilde, repliquei com timidez
- Ãh, penso que sou eu, não sei... Bom dia.
- Bom dia? Só se for para si, jovem, porque eu já estou aqui desde as 10 e ainda não parei! Pois, isto as pessoas falam falam por isto e por aquilo, mas no fim vai-se a ver e ninguém diz nada.
Com o timbre mais angélico e suave que encontrei no meu ser, tentei responder.
- Mas minha senhora, ainda só são 10 e um quarto. A senhora está aqui há quinze minutos, se tanto…
Vir-me-ia a arrepender de tão imprudentes palavras…
- Como é que se atreve a dizer isso!?
Guinchava já numa tonalidade everesticamente insuportável.
- Acha que é fácil trabalhar nestas condições?
Nesta altura começou a fungar e a espumar da boca. Eu já via o filme da minha vida a passar à frente dos meus olhos, e cheguei à conclusão que era um filme muito aborrecido, os actores não eram lá grande coisa e não compensava o dinheiro do bilhete.
- Saiba pois que hoje, ao pequeno-almoço, me serviram leite magro em vez de leite meio-gordo! E não raras vezes as tostas que nos dão para acompanhar o caviar estão ligeiramente moles! Isto para não falar da temperatura a que servem o champanhe na cantina!
- Mas minha se…
- E nem me puxe pela língua, porque as pessoas não sabem mas…
- Mas?
E eis que aquela gaita-de-foles ambulante começou a chorar desalmadamente, numa atitude do mais enérgico que tenho visto num funcionário público.
- Mas desde Novembro que… ai até me dói a alma só de pensar nisto. (choro compulsivo) Desde Novembro que… que o Jacuzzi está avariado! Mã ãaa.
E como um relâmpago, correu obikwelamente para a porta mais próxima, envolvida em lágrimas, baba e ranho.

Fim do Acto 1